Conheça os Povos Índígenas do Rio Grande do Norte

Esta página (em construção) é dedicada aos parentes indígenas do Rio Grande do Norte. As informações, aqui apresentadas, remetem aos estudos, às pesquisas realizadas pela Universidade Federal do Rio Grade do Norte (UFRN) e pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), com base nas informações compartilhadas pelas comunidades indígenas. Nesta perspectiva, destaca-se a Articulação dos povos Indígenas do Rio Grande do Norte (APIRN), por sua relevância no fortalecimento do movimento de resistência indígena no país.

Em 25 de março de 2020, a Agência de Reportagem “Saiba Mais” fala da existência de 2 (dois) povos indígenas (Potiguara e Tapuia) no Rio Grande do Norte que vivem nas terras “em processo de demarcação”. Importante também é conhecer o “Guia cultural indígena” (2020, p. 38) que traz atualização do assunto:

Nas estatísticas divulgadas pelo Ibge entre 1991 e 2000, o número de indígenas autodeclarados no Rio Grande do Norte saltou de 394 para 3.168 indivíduos. No censo de 2010, foram contabilizados 2.597 indígenas, dos quais 866 residiam na capital, Natal, e 1.731 residiam nas demais cidades do estado. Entre as unidades da federação, o Rio Grande do Norte consta como o estado com menor população autodeclarada do país. Porém, essas informações carecem de uma análise mais aprofundada, pois a metodologia da coleta é questionável.  

Atualmente, os grupos existentes referem-se às seguintes etnias: potiguara, tapuia tarairiú, tapuia paiacu e caboclo. Os grupos estão presentes em vários municípios do estado e estão distribuídos nas aldeias de Sagi-Trabanda, em Baía Formosa, Catu, nos municípios de Canguaretama e Goianinha, Tapará, em Macaíba e São Gonçalo do Amarante, Amarelão, Serrote de São Bento, Assentamento Terezinha, Assentamento Marajó e Açucena, em João Câmara, Cachoeira, em Jardim de Angicos, Caboclos, em Assu e Apodi“.

É necessário salientar a existência de uma população indígena em contexto urbano crescente e o numero de indígenas do Rio Grande do Norte que vivem em outras regiões do país. As referidas etnias formam 14 comunidades indígenas politicamente conscientes e articuladas e continuam na luta pelo reconhecimento do território.

Participe da Campanha dos Indígenas do RN contra o Covid-19. Acesse as comunidades indígnas, na Internet.

Fachada do prédio original

Fachada do Museu Luíza Cantofa

A indígena Lúcia Paiacu Tabajara (cacique do povo Tapuia/RN), é idealizadora do MUSEU DO ÍNDIO LUÍZA CANTOFA. O prédio em construção (v. fachada original) foi doado pelo Governo do Estado, a partir das reivindicaçoes indígenas. Na imagem da fachada do Museu (localizado no entorno da Lagoa do Apodi), o avanço da reforma revela o incansável espírito da Cacique Tapuia na luta pela construção do Museu e sobretudo pelo reconhecimento e a valorização dos povos indígenas do Rio Grande do Norte. As referidas imagens foram enviadas pela Cacique Lúcia.

Ao atualizar as informações acerca dos povos originários, os estudiosos / pesquisadores e as próprias comunidades indígenas contribuem para o desmascaramento das notícias infundadas de que o indígena é preguiçoso, herege e dissimulado, entre outros atributos negativos. A pesquisa, o estudo crítico contribuem para combater também o preconceito que se aloja em muitos dos chamados livros didáticos, que teimam em não reconhecer a nossa existência. Para saber mais acerca dos povos originários do Rio Grande do Norte (população, comunidades, economia, história e cultura, entre outros aspectos), não deixe de conhecer as ações da APIRN e colocar sua atenção e afeto na luta das lideranças indígenas pelo reconhecimento do território indígena no Rio Grande do Norte.

Referências:

GUIA CULTURAL INDÍGENA – Rio Grande do Norte. Organizadoras: Julie A. Cavignac (Ufrn); Carmen Alveal (Ufrn). Natal: Flor de Sal, 202O.

LOPES, Fátima Martins. Em nome da liberdade…. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/7480/1/arquivo7819_1.pdf

SAIBA MAIS: https://www.saibamais.jor.br/liderancas-indigenas-lancam-campanhas-de-arrecadacao-para-enfrentar-a-pandemia/

UFRN. PovoPotiguara. https://cchla.ufrn.br/povosindigenasdorn/p_m.html

PARA NÃOESQUECER

Grafismo registrado no livro “Artesanato potiguara”, do Prof. Nilton X. Bezerra (IFRN)

PELO FORTALECIMENTO DOS POVOS INDIGENAS

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Aldeia Catu. Festa da Batata. Crédito da foto: Prof. Nilton X. Bezerra (IFRN)

Em abril de 2020, os Potiguara/RN (filhos e filhas de Tupã), se reuniram na Aldeia Catu (situada entre as cidades de Canguaretama e Goianinha) para comemorar o Abril Indígena. Apesar dos problemas todos que o mundo está passado, devido a essa doença atroz que é a Covid-19; acreditamos que, apesar do isolamento, devemos manter a esperança que dias melhores virão. O vídeo que acabamos de assistir é uma prova da nossa Resistência. Estamos juntos, com a força de Tupã e dos Encantados! Podemos também dizer que um dos sinais da nossa Resistencia está na poesia. Por isso, estamos aqui! Nós existimos!