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O terraço da casa da velha senhora
parecia uma estação de primavera.
Faz tanto tempo…!Cadeiras de balanço
barcos de papel, velocípedes
jarros de cacto e jasmins
encantos aos pares:
quantos sóis, quantas luas
e um punhado de estrelas.
Coisas da vida
que iluminam a alma
para manter o equilíbrio do planeta.

“…tempo de verão fazia poeira…”
os sonhos se multiplicaram
e o flamboiã ganhou tamanho
igual ao pé de feijão
(quase tocando o céu)
em meio a uma infinda
ciranda de fantasias.

Brotava uma luz
no rosto da velha senhora.
Agora,
as folhas de outono
cobrem o terraço de silêncio.

Graça Graúna. Estações. In: Terra Latina: antologia internacional. Curitiba/PR: Editora Zeni Leal /Abrali, 2005, p.124.

10 comentários sobre “Estações

  1. Graça: disculpa por no responderte antes, no me ocupé mucho de mi blog últimamente. Gracias a ti por visitarme, es lindo encontrar gente llena de luz como tu, y que además la comparta con el mundo en un poema. Te deseo mucha felicidad, recibe un gran abrazo de mi parte.Icaro.

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