
…
Quem disse que a saudade não se mede?
Minha saudade é assim:
maior que as tranças da minha vó,
maior que um monte de areia do mar,
bem maior que o mundo
Graça Graúna (indígena potiguara/RN),out. 2007
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Quem disse que a saudade não se mede?
Minha saudade é assim:
maior que as tranças da minha vó,
maior que um monte de areia do mar,
bem maior que o mundo
Graça Graúna (indígena potiguara/RN),out. 2007
Ao Katira Ativista a nossa gratidão pela confiança e generosidade por autorizar a publicação da sua arte revolucionária neste “Tecido de Vozes; especificamente o seu quadro/tela em homenagem aos povos indígenas. Em 19/04/2021, ele escreveu: “Aquele que, no Brasil, fecha os olhos para a sabedoria dos povos originários, está distante de compreender a si mesmo” (@ilustrakat). Assim, convidamos à reflexão sobre o 12 de outubro, considerando que esse dia seja dedicado à Resistência Indígena.
Terra fecunda
“Somos parte da terra e ela faz parte de nós” (Chefe Seatle, 1854)
A Ancestralidade habita o coração da Terra e dentro de nós somos tecidos de vozes da diversidade de mundos de história em história de memória em memória. Somos filhos e filhas da Terra Viva da Terra Fecunda de Pindorama Terra frondosa Filhos e filhas da Terra Madura do florescimento nós somos a multiplicação da semente dos povos originários Estamos aqui. Nós existimos! Nós resistimos e transcendemos o dito pré-colombiano... pré-cabralino... Somos Abya Yala, Kuna, Chibcha, Mixteca, Zapoteca, Ashuar, Huaraoni, Guarani, Tupiniquim, Caiapó, Aymara, Ashaninka, Kaxinawá, Potiguara, Tikuna, Krenak, Paiacu, Tarairiú, Terena, Quéchua, Karajá, Mapuche, Yanomami, Xavante e muito mais povos na luta pela vida por uma Terra sem males Abya Yala Terra fecunda Terra madura e em florescimento Somos tecidos de vozes da diversidade de mundos de história em história de memória em memória a Ancestralidade nos une no plantio e na colheita de abóbora, batata e milho entre o que há de sagrado para sustentar o céu e o encantamento Graça Graúna (indígena potiguara/RN)