Índios serão atendidos por pajés em hospital do Rio Grande do Sul

Imagem extraída do Google

Os índios mbyá-guarani de São Miguel das Missões serão atendidos pelos médicos e também pelos pajés da tribo no Hospital São Miguel Arcanjo, principal casa de saúde do município do noroeste do Rio Grande do Sul.
O acordo entre a comunidade, representada pelo cacique Ariel Ortega, e o diretor da Associação Hospitalar São Miguel Arcanjo, Inácio Müller, foi assinado no fim de abril, a pedido do Ministério Público Federal.
Segundo a crença guarani, a medicina tradicional do homem branco não é suficiente para tratar todos os males, porque é mais voltada para o corpo do que para o espírito. O hospital destinou uma sala com banheiro privativo e espaço para três leitos, na qual é permitido o uso de cachimbo e eventuais manifestações sonoras do ritual, ao contrário do restante das dependências, onde se proíbe o fumo e se recomenda silêncio.  
Fonte:   Elder Ogliari | Agência Estado –  sex, 13 de mai de 201

Indígenas vivem epidemia de diabetes

A aproximação com o modo de vida ocidental – que inclui sedentarismo e alimentos industrializados – ampliou entre os índios de Mato Grosso a prevalência de males como obesidade e diabetes. Há quatro anos, médicos da Unifesp avaliam as condições de saúde dos Xavante, que habitam o leste de Mato Grosso. A coleta mais recente – feita entre 15 e 24 de abril em duas áreas com quase 4 mil índios – revelou que mais da metade dos maiores de 20 anos têm diabetes ou estão prestes a desenvolver a doença. A prevalência de sobrepeso e obesidade chega a 82% entre os adultos. O problema tem maior incidência entre índios do que na população em geral por causa de gene que favorece o acúmulo de gordura no organismo. “Era uma vantagem no modo de vida tradicional. Em um contexto de sedentarismo e dieta industrializada, o efeito é trágico”, diz João Paulo Botelho Vieira Filho – FSP, 9/5, Saúde, p.C10.
Fonte: Instituto Socioambiental