
…o sol está bonito hoje
e a sua luz até parece ressuscitar
as folhas vermelhas de outono.
Hoje,
à sombra de uma segunda-triste
escrevo uns versos para contrariar o estático.
Aqui,
onde estou agora,
no mar da palavra
vem de longe um barco,
e o barquinho vai …talvez um barco bêbado…
de longe vem outro barco
vou ao encontro e dou conta:
onde está o meu amor?
Foi só uma aparição
uma vaga impressão…
foi uma vez o amor
e era ainda uma vez.
Grito e o sol vai embora.
Agora, só chove
e na urgência me recolho
a tantos fazeres
porque o dia urge
e o poema também tem pressa
e pede licença pra dizer adeus
e a sua luz até parece ressuscitar
as folhas vermelhas de outono.
Hoje,
à sombra de uma segunda-triste
escrevo uns versos para contrariar o estático.
Aqui,
onde estou agora,
no mar da palavra
vem de longe um barco,
e o barquinho vai …talvez um barco bêbado…
de longe vem outro barco
vou ao encontro e dou conta:
onde está o meu amor?
Foi só uma aparição
uma vaga impressão…
foi uma vez o amor
e era ainda uma vez.
Grito e o sol vai embora.
Agora, só chove
e na urgência me recolho
a tantos fazeres
porque o dia urge
e o poema também tem pressa
e pede licença pra dizer adeus
Graça Graúna (indígena potiguara/RN)
Nordeste do Brasil, segunda-feira, 19 de maio 2008
Nota: no site Overmundo, este poema recebeu 177 votos.
A imagem (folhas de outono) foi enviada por minha amiga celia Ramos.
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hospedei este poema no Overmundo. Em tempo……à sombra de uma segunda-triste este poema veio também a propósito da cremação de Zélia Gattai. Enquanto houver poesia, os canteiros darão sempre flores porque os Anarquistas não morrem, graças a Deus. Até sempre, Zélia.
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Que terça-feira…sem a poesia da segunda que você escreveu, nem da quarta, quinta, sexta ao domingo, com você estava aqui – pra abraçar e me sentir forte e protegida…uma terça parte de teus filhos, nem um terço da saudade que sinto. Hoje davi acordou, reviu o poema menino que fez e pediu pra te ligar: cadê vovó? preciso mostrar pra ela minha poesia… Ontem fomos dormir procurando sentir o cheiro de mar, esse que você falou, do barquinho a navegar… hoje o tempo realmente urge e acordamos meio tontos…embreagados com tanto o que queremos. Então vamos aproveitar esses momentos, e a cada dia reinventar a força de nossa felicidade. Amamos você!
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Querida Graça, seu poema é uma palavra de amor, ou talvez seja um grito de sol e de chuva, em meio a natureza, que tem seu encanto \”quebrado\” pela urgência da Vida. Que lindo!Beijos, Madalena
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NA ESCURIDÃO DA NOITE é um programa da Rádio Telefonia do Alentejo, à quarta-feira entre 23h00-01h00, onde damos vós aos poemas e poetas anónimos (desconhecidos).Pode contribuir com os seus poemas, ou ligar para a nossa emissão e também via Messenger.Saiba tudo no blog oficial do programa http://www.escuridaonoite-rta.blogspot.com.
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Busquei sites e blogs de poesia e achei esse seu de porteira aberta. Tudo muito bom, como sempre bom é ler boa poesia. Abraços.
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Um lugar chamado mar de palavras é cheio de água e de encanto.Wolney
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