Espantalho, de Portinari
1.
Braços para o infinito
o espantalho subverte
a ferocidade do mundo2.
Entre o sono e a vigília
o canto da cigarra
inunda o sertão

3.
Noctívaga dor-em-dor
pouso na árvore do mundo
clandestina

4.
Porque és pedra
o que dirá a poesia
sem a tua presença?

5.
Dias de sol
distendo as velhas asas
num hai kai latino

Graça Graúna. Hai kais. In: Canto Mestizo, 1ª parte. Maricá/RJ: Blocos, 1999, p. 17-21.

4 comentários sobre “Quase-haikai I

  1. Palavras de Namibiano para este blog, via gmail:Cara Graúna, Muito obrigado pela sua visita e comentário. Agradeco a gentileza do link em sua graciosa página. Aproveito para lhe oferecer o link onde publico minhas poesias, isso mesmo poemas de minha autoria. Já que é pesquisadora de Literatura Lusófona, seria uma grande honra para mim que tecesse alguns breves comentários sobre meu trabalho poético. Eis o link http://poesiangolana.blogspot.com/ Um grande abraco Namibiano

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