Até quando o exílio?
… de Minas, a música me faz pensar
que não haverá mais exílio;
porém
que tempo infeliz é este
em que os podres poderes
despejam veneno sobre a Terra?
Alguém ouviu a sirene?
O céu chora!
A Terra treme!
No tsunami de lama
a humanidade é soterrada.
Ligo o rádio, a TV e custo a crer:
meus olhos, meus ouvidos
quase perdem os sentidos.
Custo a crer:
a tragédia parece não ter fim
e mais uma vez
o silêncio da sirene
revela o já visto:
“quem cala consente”
e tudo que fica é o deslugar:
de Bento Rodrigues
a Brumadinho,
mais um triste retrato na parede.
Até quando o exílio?
Graça Graúna (indígena potiguara/RN) 27.jan.2019
Olá, peço permissão para publicar esse seu poema no jornal da escola onde eu leciono. Darei os devidos créditos e divulgarei o blog e seus livros. Aguardo resposta. Abraço.
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A graça da Graúna é ser presente, não ausente, porque forte, na estruturada vida, feito pedra preciosa…Juscelino Mendes
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Jus: apesar do silêncio prosador, gratidão por esse poema tão precioso. É bom ter vc por perto. Com abraçares, Graça Graúna
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