
a história foi se formando na paisagem:
nem poluição
nem violência nas ruas
nem jogos sofisticados
nem roupas de grife
barulho nenhum de automóveis
só a voracidade do vento passando por lá
Graça Graúna (indígena potiguara/RN)
Graça Graúna. Tessituras da terra. Belo Horizonte: M.E. Edições Alternativas, 2001, p. 40.
Nota:
“As migrações dos Guarani Mbyá, em direção ao mar, estão ligadas à procura da Terra sem Mal. Eles buscam a terra prometida (Yvi Mara Ey) neste mundo ou em um paraíso mítico além da Terra. Para os índios Guarani de Bracuí, há três possibilidades para a identificação deste local: depois do mar, no céu ou no Paraguai (centro da terra). O mar ocupa um lugar central na tradição Mbyá. Ao mesmo tempo que ele é um obstáculo para o Guarani transpor e atingir o paraíso – o ponto de chegada-, é , nas suas proximidades, que o destino desse povo pode se realizar. A predileção dos Guarani Mbyá pela Serra do Mar – ao invés da orla, como os antigos Tupi – adquire uma significação especial para esses índios devido ao mito de origem da terra. Ela é o dique do mar (Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva).
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Bela imagem e poema.Gostei muito de ler a nota.Aonde poderia ler mais sobre o tema?Um abraço,Jorge Elias
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