Lilia, minha mãezinha

Noites a fio, Lilia
atenta aos desafios
desmancha travesseiros
e faz pavios

de fio a pavio
dá conta das crias
tece esperança no escuro
toda coragem-Lilia

Pelo Dia Internacional da Mulher, apresento este poema escrito há mais de quarenta anos, em homenagem a minha mãe Lilia. Este poema foi publicado no meu livro Canto Mestizo, Marica/RJ: Blocos Editora, 1999, e conta com 178 comentários no Overmundo.
Graça Graúna, (indígena potiguara/RN).

11 comentários sobre “Tecelã

  1. CD – Criatura Divina: minha mãe ficará feliz quando eu mostrar seu novo comentário. Você precisava ver o riso dela quando li suas palavras…ela ficou toda radiante. Obrigada, minha irmãzinha, pelo carinho. Fica com Ñanderu. Tua mãezinha está bem. Bjos.

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  2. GG, Grão doce e de estrutura forte como o pau d'arco, simples como as plantinas à beira do riacho e tão essenciais às vidas, às margens e ou nos estrelatos dos pavoneamentos (risos). Como somos efêmeros e presunçosos e, de repente alguém faz seus pavios – cujo tempo corre e passa por ali entre os dedos, a linha, o algodão e, o pano na tessitura do ser sendo levado qual canoa ao ribeiro manso essencial. Quão saudável é tecer como artesã(ao) que não liga para a ampulheta, para a aranha e para o dentro do se e nos consome.Uma azagaia há de vir – manso sobre o dorso do rio da nossa sintonia e que ela nos apascente sob o acolhimento do Pai Verdadeiro, Ñhanderu Eté!Beijinhas em mãe Lídia, nos filhotes e netinhos!!!Beijinhos de quem roubaria você para formar uma tenda para unir sonhos, filhos, netos, escritos e… lazer!!!

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