Floresta em chamas. Imagem extraída do Google.
É temerário descartar
a memória das Águas
o grito da Terra
o chamado do Fogo
o clamor do Ar.
As folhas secas rangem sob os nossos pés.
Na ressonância o elo da nossa dor
em meio ao caos
a pavorosa imagem
de que somos capazes de expor
a nossa ganância
até não mais ouvir
nem mais chorar
nem meditar,
nem cantar…
só ganância, mais nada.

É temerário descartar
a memória das Águas
o grito da Terra
o chamado do Fogo
o clamor do Ar.

Graça Graúna (indígena potiguara/RN)
Nordeste do Brasil, 21 de março de 2014. 

 
Nota: este poema escrevi em 14 outubro de 2009. O assunto, como se vê, infelizmente continua a nos entristecer. Pelo dia de hoje, pelo sofrimento da Mãe Terra; juntemos nossas mãos e nossas vozes pra salvar as florestas.

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s