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Acuda, meu Santo
sou só
uma mulher
perdida nesse mundo
uma cabocla velha
a mais pobre
não me engano
sou só
uma mistura
de Mãe-negra se acabando
para salvar minh’alma
benzida pela Mãe-d’água
para acender o meu canto

Graça Graúna (indígena potiguara/RN)

Graça Graúna. Tessituras da terra. Belo Horizonte: M.E. Edições Alternativas, 2001, p. 15.

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4 comentários sobre “Alma benzida

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