Como quer Tarumã
a árvore do encanto
andei céus e terra
dei voltas e voltas
passei horas e horas
te procurando
pelos arquivos do mundo
te procurando
quando dei por mim
nem foi preciso tanto
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Graça Graúna, (indígena potiguara/RN), 12.junho.2009
Graça Graúna. Tessituras da terra. Belo Horizonte: M.E. Edições Alternativas/Coleção Milênio, 2001, p. 25.
NOTA: poema publicado no Overmundo.
DIZ UMA LENDA indígena, no Amapá, que uma pessoa ao deparar-se com um amor impossível, deve fazer promessa ao “Tarumã” (que significa, em tupi, tronco que se move), deixando sobre ele algum presente ou oferenda. Se o tronco navegar rio acima e retornar vazio, o pedido será realizado.
ah, esse é o meu poema preferido da Graça Graúna. Ele me diz muito. Algo muito pessoal, como deve ser o encontro com a poesia!
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Wagner, meu poeta querido: adoro ter você por perto. Bjos, Grauninha
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Grauninha:Quando escreví \”CIRCULOS\” creio queandava meio assim …\”pelos arquivos do mundo\”E a gente anda, anda , anda …E chega onde ?Beijo
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Ivan: teu comentário me leva a Octavio Paz Ele diz o seguinte: \”damos voltas e voltasno mundo animalno mundo vegetalpara encontrar a saída no poema\”Bjos, Grauninha
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Fico me perguntando: quantos tarumãs tive em minha vidae quantos quis ter, todos eles subindo rio e voltando vazios!…Acho que um voltou assim e fez-me ver o encanto dessa sua poesia.Paz em Ñanderu.
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Meu querido Roberto Costa Crvalho: saiba que recebo suas palavras com grande alegria. Suas palavras são mágicas, são parte do Tarumã, da poesia. Grata por existir. Bjos, Grauninha
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Gostei do encontro. sem palavras
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