
Os reis mag(r)os lentamente
caminham pelo sertão
anunciam que a vida
é de curta duração
enquanto o sol arrebentar
em pedacinhos o chão
caminham pelo sertão
anunciam que a vida
é de curta duração
enquanto o sol arrebentar
em pedacinhos o chão
Léguas e luas de sede
ovos de camaleão,
mas nem tudo está perdido:
na direção da estrela
a flor do mandacaru
traz esperança ao sertão
ovos de camaleão,
mas nem tudo está perdido:
na direção da estrela
a flor do mandacaru
traz esperança ao sertão
Graça Graúna (indígena potiguara/RN)
poema publicado originalmente em cartão postal, em dezembro de 1981.
Nota: poema publicado no Overmundo
Na madrugada hem…
CurtirCurtir
Maravilha de poema amiga.Beijao
CurtirCurtir
…pois é, minha parente Caingang: aqui no Nordeste a gente madruga…risos…bjos.
CurtirCurtir
Reis \”magros\”…No País da moral delgadaExistem políticos magosE uma nação degoladaBj
CurtirCurtir
Meu querido Ivan: é uma honra muito grande para mim receber sua visita e comentário tão poético no meu blog. Bjos de luz, Grauninha
CurtirCurtir
Oi! Minha segunda mensagem nao chegou a net caiu. Esse poema é maravilhoso. Léguas e luas de sede ovos de camaleao.Beijos
CurtirCurtir
Iracema Caingang – minha irmanzinha em Ñanderu, adoro sua ppresença, viu? Grata pela leitura e votos de Esperança pelo Natal. Bjos, Grauninha.
CurtirCurtir
Olá, minha irmã Caingang: grata por sua doce presença. Bjos.
CurtirCurtir
De uma sensibilidade imensa tua analogia: reis e retirantes…A estrela anunciante, o sol maior….Deixo-te algo meu, como filha de sol forte que sou:Quando tu me [Nor]deste tua sedeSou desértica em sedesemântica de serNordeste.Descalça descaminhopor paisagens não-verbaisEspinho.Fotossíntese em sintaxesol que chora, cora e arde[pela chuva]Sertão.Soul nublada.Soul crepúscula.Meu poema feito ave[de arribação]….Nos sulcos desse soloInscrevo-me em entrelinhasEscorro-me em desalinho..SeRio secoSorrio em cheio[boca sequiosa a olhar o céu].É quando conto preces miudinhasNas contas das mãos rezadeirasmulheres rendeirasnão se rendem à falta de[bordam-se da fé que alguém perdeu].Povo meu!Segue o desvio da sua sinalavadeiras sem leito, sem fozsem vozes justiceirasvagueando à luz de seremcandeeiras, lamparinasem seus passos pacientesde Sinhá Vitória rouca,de esperança Severina..Katyuscia CarvalhoUm beijo.
CurtirCurtir
Katyuscia, estimada: só agora arrecadei um tempinho para agradecer sua presença tão poética em meu blog. Gostei do seu poema. Grata por existir, Graça GraúnaFeliz 2010!!!
CurtirCurtir